terça-feira, 18 de maio de 2010

Teorias Motivacionais


Vou apresentar nesse artigo duas teorias famosas e eficazes na construção de estratégias motivacionais eficientes.

O mais famoso estudioso do tema motivação é o Psicólogo Abraham Maslow, responsável pela teoria das necessidades humanas básicas. A partir do momento em que uma dada demanda foi suprida e a pessoa se sente saneada, ações externas relacionadas a essa demanda não teriam qualquer efeito motivacional. Daí surge o conceito da pirâmide ou hierarquia motivacional.

Maslow define um conjunto de cinco necessidades descritos na pirâmide.

  • necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo;
  • necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
  • necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
  • necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
  • necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser e quer ser.

De acordo com a teoria das necessidades humanas à medida que uma pessoa atinge determinado estágio, a sua necessidade motivacional passaria a ser o estágio seguinte.

Por exemplo, uma pessoa que possui um emprego que lhe garanta segurança e a possibilidade de se relacionar com seus pares, mas que, dentro de sua perspectiva, é apenas um número na empresa, sente a necessidade de ser aceita e respeitada dentro do grupo. Esse é o seu próximo passo na pirâmide. Ações e oportunidades para que ela seja reconhecida em sua individualidade terão forte efeito motivacional sobre ela.

Porém, se de uma hora para outra, surgir o simples rumor de cortes e demissões na empresa de forma a ameaçar esse segurança, essa passará a ser sua nova busca. Ser apenas um número no RH voltará a ser mais importante do que ser tratada pelo nome pelo chefe. Pelo menos, até que se sinta segura novamente.

Seria realmente muito simples se todo o processo motivacional fosse restrito à teoria de Maslow. Porém, entender motivação vai um pouco além e existem outras teorias que corroboram essa perspectiva… Para o psicólogo americano David McClelland, a motivação estaria intimamente ligada à própria personalidade da pessoa.Segundo ele, as pessoas poderiam ser divididas em três grandes grupos, de acordo com a predominância de suas “bases motivacionais”.

O primeiro grupo seria o das pessoas orientadas para o poder. Esses precisam de situações ou condições em que possam demonstrar seu valor e, sobretudo, onde possam se diferenciar e se destacar. Para eles o importante é a sensação de poder. Gostam de falar em nome do grupo e de assumir posições de controle. Querem ser chefes ou comandar, mesmo que não recebam pagamento a mais por essa responsabilidade. São mais motivadas por ações competitivas. Um bom prêmio por um bom trabalho: Ter sua foto no mural, de preferência bem grande, como funcionário do mês.

O segundo grupo é o das pessoas com a motivação para a realização. Essa seria a base motivacional típica dos empreendedores. Essas pessoas são movidas pelo desafio e pela possibilidade de mostrar, para elas mesmas, a sua capacidade de superação. O importante é realizar, inovar e ter a sensação de que fez e faz a diferença para os resultados. São motivadas por ações desafiadoras onde precisem superar seus próprios padrões de excelência. Um bom prêmio por um bom trabalho: Novos desafios.

O último grupo são aqueles que se motivam principalmente pela oportunidade de se relacionar com os outros denominados os afiliativos. Para eles, o importante é se sentirem parte do grupo. Um exemplo típico é o indivíduo que trabalha com afinco o ano todo para em dezembro fazer parte da festa de confraternização da empresa. Não se incomoda se precisar organizar o grupo ou até mesmo “pilotar a churrasqueira”. O que o motiva é ver o grupo reunido. E se sente ainda mais pleno se todos estiverem, literalmente, “vestindo a mesma camiseta”. São mais motivados por ações cooperativas. Um bom prêmio por um bom trabalho: Ser convidado para jantar com o chefe, levando a família, é claro.

Na hora de traçar estratégias para motivar equipes e colaboradores se faz fundamental levar em consideração as idéias desses dois pensadores. Todos programas motivacionais devem ter sustentação teórica e embasamento científico consistente levando em consideração as teorias de motivação e comportamento humano para obtenção de resultados significativos.

José Roberto Marques - Diretor Executivo

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